Brasil de Verso em Prosa
(GT Aslucianas)
As músicas escolhidas são bem populares e fazem a plateia cantar junto, deixando a peça bem animada e participativa. A música ao vivo faz com que o público embarque em narrativas folclóricas e poesias com suavidade.
Entretanto, o excesso de elementos e adereços cênicos se faz desnecessário quando as atrizes conseguem representar corporalmente todas as intenções cênicas. Na verdade os elementos as vezes muito pequenos e que exigem as vezes detalhes na manipulação atrapalham o ritmo do espetáculo que poderia acontecer perfeitamente sem a correspondência visual, que parte redundante.
É louvável trazer nomes da literatura nacional para uma peça popular, na rua, o que já faz valer a pena essa narrativa que muitas vezes se assemelha a um sarau. O espetáculo realiza a que se propõe: valorizar arte brasileira e nossa identidade nacional"
Flautas Cariocas
(Orquestra Cariocas de Flautas)O show não só pelas músicas muito bem executadas, mas pelas explicações entremeadas e muito pertinentes e elucidadoras de Sergio Barrenehea. A flauta é instrumento versátil pode oferecer, desde um som ágil e virtuoso até uma sonoridade mais calma e expressiva. Nesse sentido sensibilidade e a expressividade na execução das peças, que trazem vida à música e às emoções que ela pretende transmitir.
Apesar de ser uma orquestra de flautas - talvez uma das únicas do Rio de Janeiro - não traz um repertório difícil, erudito - ao contrário, tiveram a felicidade de optar por músicas bem populares, que representam a música brasileira e seus múltiplos territórios e ritmos: com a capacidade de surpreender o público com um repertório ou uma abordagem inovadora que explore todo o potencial do instrumento.
Diáspora Nordestina
(Coletivo Pé na Lapa)
A peça conta a diáspora nordestina que é o deslocamento de populações da Região Nordeste do Brasil para outras regiões do país, impulsionado principalmente pela busca de melhores condições de vida e trabalho devido à seca e à falta de oportunidades em sua terra natal. Os destinos históricos incluem a Amazônia (durante o Ciclo da Borracha e outras épocas de seca) e, de forma mais expressiva, o Sudeste e o Centro-Oeste, onde os migrantes contribuíram para o desenvolvimento econômico e cultural.
Os dois narradores conduzem um elenco numeroso que recorre muitas vezes a comédia para ilustrar momentos tensos. Trazem uma coreografia harmoniosa e interessante, com figurinos bem chamativos e carnavalescos bem propícios para a rua, despojados e na estética semelhante ao grupo ao qual têm origem: TÁ NA RUA, que carrega a idéia de improviso e de simplicidade, em que a participação do público é parte essencial da cena.
Por Anilia Francisca
06 de setembro de 2025








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