Crítica – “Velho Circo, Novo Mundo” (Palhastônicos)
Com uma cenografia elegante em tons neutros e figurinos que dialogam com delicadeza, o espetáculo Velho Circo, Novo Mundo surpreende pela beleza visual e pela precisão cênica. Mas é na musicalidade que ele realmente brilha: composições envolventes, executadas com domínio e sensibilidade, fazem da trilha sonora uma protagonista silenciosa da narrativa.
O texto, recheado de ditados populares e referências à literatura brasileira, conecta humor e cultura de forma inteligente. O jogo entre os artistas é afinado, vivo, e a relação com o público — especialmente na rua — é leve, calorosa e cheia de escuta.
Um espetáculo sensível, divertido e tecnicamente muito bem construído. Vale (muito) ser visto.
🎤 Crítica – “Amor e Rima” (Nego Zú)
Cantando o amor e o pertencimento a partir da vivência preta periférica, ele constrói pontes entre a potência da arte e as urgências sociais do nosso tempo. As letras falam de ascensão, de resistência, de autoestima — sem romantizar a dor, mas com honestidade e esperança.
Na praça, seu carisma estabelece uma conexão imediata com o público. É arte que acolhe, que denuncia, que pulsa no coletivo. Amor e Rima emociona, eleva e convida à escuta. Um show que nos faz lembrar que amar, rimar e resistir seguem sendo atos revolucionários.
🎭 Crítica – “O Folclore do Amor” (Grupo Aslucianas)
A trilha sonora, recheada de clássicos da MPB e do cinema, embala a narrativa com charme e nostalgia. O elenco tem carisma, ritmo e entrega um trabalho cheio de vitalidade, especialmente em espaços públicos, onde o grupo brilha na proximidade com o público.
A única ressalva fica para a parte técnica: aspectos de som e microfonação ainda podem ser mais bem ajustados para valorizar toda a potência da encenação. Mas isso não compromete o encanto geral da peça, que é divertida, brasileira e apaixonante.
Crítica Teatral Ronny Pires @ronnypiress
Ator, diretor e professor. Graduado em Licenciatura em Teatro pelo Universidade Estácio de Sá (2011), pós graduado em Psicopedagogia Institucional, Gestão Educacional pela FACI (2015) e mestrando em Ensino das Artes Cênicas pela UNIRIO. Atua desde 1999 no Grupo Gota, Pó e Poeira, renomado grupo do Espírito Santo. Onde atuou em diversas peças, sendo indicado ao prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de teatro da Tv Gazeta em 2000 com o espetáculo A Lenda do Talismã. Em 2018, recebe o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festa - Festival de teatro de Araçuaí - MG com o espetáculo A Absurda Comédia de Duas Vidas. Em 2022 vira cofundador da Cia Ayra-art e estreia seu primeiro monólogo Eu, preto! Em 2023, recebe o prêmio de melhor ator coadjuvante no Fetuba - Festival de teatro de Ubá - MG com o espetáculo Os Sacrilégios do Amor. Em 2024, estreia como diretor do espetáculo Calunga, a princesa que virou boneca. Pela Cia Mais um ponto, mais um conto e foi premiado com melhor direção no Festival de Guaçui.
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